Membrana plasmática

A célula é a menor unidade funcional e estrutural dos seres vivos, sendo formada basicamente por material genético, citoplasma e membrana plasmática. Essa última estrutura está relacionada com diversas funções importantes, destacando-se a capacidade de isolar o meio interno de uma célula do meio externo.
A membrana plasmática, também denominada de plasmalema, é uma estrutura bastante fina, com aproximadamente 7,5 nm de espessura. Em virtude de seu tamanho, não pode ser vista nos microscópios ópticos atuais, sendo necessários equipamentos mais sofisticados, como microscópios eletrônicos.

As membranas plasmáticas são compostas, principalmente, por moléculas de fosfolipídios que se dispõem em duas camadas assimétricas. Essas moléculas possuem uma porção hidrofóbica, chamada de cauda, e uma porção hidrofílica, denominada de cabeça. Nas membranas, as cabeças ficam voltadas para o exterior e interior da célula, enquanto as caudas ficam direcionadas para o interior.
Além dos fosfolipídios, são encontradas moléculas de colesterol, glicolipídios e algumas proteínas, que atuam como sinalizadoras, receptoras e como caminho para o trânsito de substâncias. As proteínas das membranas podem ser classificadas em integrais ou periféricas. As proteínas integrais são aquelas completamente encaixadas na membrana, diferentemente das periféricas, que se encontram apenas associadas a essa estrutura e, portanto, podem ser facilmente retiradas por procedimentos químicos.
Entre as proteínas integrais, um grupo merece destaque, que é o das proteínas transmembrana. Esse tipo de proteína atravessa completamente a membrana, apresentando uma porção exposta na face interna e outra na face externa da célula. Algumas dessas proteínas são tão longas que são capazes de passar múltiplas vezes pelo interior da membrana, sendo esse aspecto, inclusive, um critério de classificação.

As proteínas, assim como os lipídios, fluem ao longo da membrana, mudando constantemente sua localização. Em razão da fluidez da camada, o modelo mais aceito para explicar a estrutura da membrana é o proposto por Singer e Nicholson em 1972, conhecido como modelo do mosaico fluido.
Na superfície externa da membrana plasmática das células encontra-se ainda uma região de limites imprecisos denominada de glicocálice. Essa camada é formada por cadeias glicídicas que se ligam às proteínas e aos lipídios da membrana, formando, respectivamente, glicoproteínas e glicolipídios. O glicocálice possui como funções principais promover o reconhecimento celular, desencadear reações imunes e facilitar a união entre células e destas com outras moléculas.
A membrana plasmática, além de delimitar os limites da célula, garantindo a separação entre o meio externo e interno, possui outras importantes funções, como o controle da entrada e saída de substâncias na célula, mantendo o meio interno com condições adequadas para que ocorra o metabolismo celular. Graças à capacidade de selecionar o que entra e sai da célula, costuma-se dizer que a membrana possui permeabilidade seletiva. Além dessa função, a membrana está relacionada, por exemplo, com a forma e movimentação da célula.